Wanderley Peres
Abaixo assinado virtual, em change.org, já com 618 assinaturas, em protesto contra a exclusão dos professores das redes estadual e particular do calendário prioritário de vacinação contra a Covid 19 em Teresópolis, revela o tratamento diferenciado por parte da administração municipal entre os servidores da educação, ao iniciar a vacinação dos servidores da rede municipal ignorando os servidores das redes particular e do estado, todos “servidores da educação”, como prevê lei estadual em vigor, que obrigaria a vacinação de todos ao mesmo tempo, sem preferências.
Pedido nesse sentido já foi feito pela câmara de Vereadores, projeto de lei da vereadora Marcia Valentin, PMB, feita em 11 de março, tema que voltou à câmara na última semana. Em sua fala, na presença da secretária de Educação Satiele Santos, o vereador Rangel já tinha lembrado que o prefeito pregou a volta as aulas nas redes pública e particular ao mesmo tempo, justificando a não liberação, em decreto, da volta às aulas na rede particular, para não haver tratamento desigual entre os mesmos profissionais da Educação, mas quando decidiu vacinar os professores, vacina somente os da rede municipal, provocando a disparidade que condenou no discurso, ouvindo da secretária que os demais profissionais da educação serão vacinados numa etapa seguinte e próxima, sem prejuízo, concordando com o vereador Paulinho Nogueira, mais à frente, na fala deste, que muitos professores de escolas particulares trabalham também na rede municipal e serão contemplados de imediato.
Tramita ainda na câmara, projeto de lei do vereador Gustavo Simas, obrigando a inclusão de todos os docentes da rede de educação pública para a vacinação, obrigatória, e não apenas a permissão, como prevê a lei estadual. Depois de terem incluído os profissionais de academia como prioritários, os vereadores apresentaram pedido, também, de prioridade para vacinação aos servidores da Guarda Municipal e para os bancários.
Vereadores brigam por moções
A sessão da câmara municipal desta terça-feira, 28, foi marcada, também, pela discussão entre os vereadores por conta dos ofícios atravessados pelos gabinetes dos vereadores, atropelando moções; e das moções atropelando os projetos de lei em curso, além de imprudências políticas diversas que colocam em risco a unidade do poder legislativo.
Os vereadores aprovaram, conjuntamente, uma moção – e já são 314 moções aprovadas em menos de dois meses -, e alguns vereadores ligados ao governo estariam atravessando ofícios, e sendo atendidos e elogiados pelo prefeito, em detrimento do trabalho conjunto do poder Legislativo, “falta de ética que descontrói o poder Legislativo”, lembrou o vereador presidente Leonardo Vasconcellos.
Moção, Requerimento, pedido, projeto de lei, de resolução… Você sabe o que é? Se não sabe, alguns vereadores, parece, também não sabem.
