Para responder preciso me socorrer da minha relação com a política, desde o tempo da primeira eleição para a presidência, em 1989.
No segundo turno daquela eleição votei no Fernando Collor, para evitar que Lula fosse eleito e para ter a garantia de que o Estado Brasileiro seria reduzido. Collor venceu Lula, mas aplicou o confisco do patrimônio privado, forma mais cruel de interferência que um Estado pode adotar: o confisco. Teve o troco!
Depois, votei no Fernando Henrique duas vezes, para evitar que Lula chegasse ao poder e ainda com a esperança de ter um Estado menor. Fernando Henrique venceu Lula, deu um tranco no Estado, mas, por vaidade, ajudou Lula a vencer a eleição, isso em 2002. Só me livrei do Lula 16 anos depois, quando Bolsonaro venceu a eleição e o cara estava preso.
Jair Bolsonaro mostrou-se um estupido raivoso com um objetivo na vida: garantir a política como espaço de atuação do clã representado por Carlos, Flávio, Eduardo, daqui a pouco, também Jair Renan e Michele.
Jair errou tudo! Colocou os pés pelas mãos. Permitiu que os filhos, por pirraça, transformassem aliados em adversários e evitou, por todos os meios e modos, que o Estado Brasileiro tivesse o poder de interferência na vida das pessoas reduzido. Bolsonaro zombou da medicina; uma desgraça.
Mas, eu não tive saída (eita política cruel), e precisei votar no Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição para presidente.
Está claro que eu e quem pensa como eu sobre o papel do Estado na vida das pessoas, sobre Lula e sobre a corja dele, estamos numa encruzilhada. Jair Bolsonaro não serve mais. Está estragado. Para ele o mundo se resume a ele, ao Carlos, ao Flavio, ao, Eduardo, a Michele. Todo resto é só ferramenta para alegria dessa turma.
Do mesmo modo como agiu com relação aos molestados pela COVID, Jair Bolsonaro não se ocupa com as pessoas que estão presas por terem ido atrás dele. Ele criou o ambiente que fez o povo viver as angústias que está vivendo. O que se pode fazer, contudo, enquanto o povo sustentar o Lula na politica.