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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Aberto o período das cachoeiras e perigos em ambientes naturais

Região tem boas opções para se refrescar no Verão, mas é preciso ficar atento para evitar surpresas nas margens dos rios
Marcello Medeiros
 
Apesar das insistentes chuvas dos últimos dias, já estamos na melhor época para procurar alguns dos atrativos mais famosos da Região Serrana no período de Verão, as cachoeiras. São muitas opções em Teresópolis e municípios do entorno, desde locais onde é preciso desembolsar algum valor para acessar a ambientes naturais onde não há cobrança de ingressos. Em comum, além de muita beleza e condições ideais para se refrescar nos dias de muito calor, os riscos gerados por um fenômeno natural também comum nesse período do ano, as cabeças d´água. As fortes chuvas nas cabeceiras dos rios, na grande maioria das vezes longe dos olhos dos banhistas que se refrescam nas suas margens ou em frondosas quedas, como nos Frades, causam elevação rápida e perigosa do nível dos cursos d´água e representam risco de morte. Na última quinta-feira, por exemplo, forte chuva na parte alta da Serra dos Órgãos mudou rapidamente as características dos rios Paquequer e Soberbo, assustando moradores de Teresópolis e Guapimirim, que das zonas urbanas desses municípios não tinham ideia do que acontecia nas altitudes montanhosas. Nesta edição, O Diário dá dicas de locais para se frequentar na estação mais quente do ano e também para evitar situações de risco, que vão além das cabeças d´água. Afinal de contas, rios e cachoeiras são ambientes naturais e consequentemente não contam com guarda-vidas, por exemplo.
Um dos locais mais famosos para esse tipo de atividade em Teresópolis e Guapimirim é justamente o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que oferece nas duas sedes boas opções de cachoeiras e, no caso da primeira, acessada pela Avenida Rotariana, uma grande piscina natural formada pela gélida água da cadeia de montanhas. Nesse período, porém, devido à pandemia, o atrativo segue fechado. Já na unidade localizada no meio do trecho de Serra da Rio-Teresópolis, muitos e grandes opções são um convite para um dia relaxante. Em ambos os casos, há cobrança de ingresso e desconto para moradores das cidades do entorno. Mais informações em www.icmbio.gov.br/parnaso
 
Serra de Teresópolis
Ainda na área do Parnaso, mas fora dos limites administrativos, uma boa pedida para se refrescar são as cachoeiras localizadas próximo à BR-116. O acesso é feito à direita da curva forte após o posto Garrafão – lado de quem sobe – e, depois de entrar em uma pequena localidade em meio a Mata Atlântica, o visitante deve pegar a direita em um cruzamento e descer até as proximidades do Sítio Sibelle. À esquerda dessa propriedade fica a entrada da trilha que leva até a quatro grandes quedas d´água e um bonito poço. Entrada franca.
 
Cachoeira dos 13, BR-495
Acessada pela Estrada Philúvio Cerqueira Rodrigues, a BR-495, que liga Teresópolis a Cachoeira dos Treze, também conhecida como Cachoeira da Macumba, é outra boa opção. Fica no quilômetro 18 para quem sai de Teresópolis e no 13 para quem parte de Petrópolis (daí o nome original). Nesse local existem duas grandes quedas d´água, uma de 15 e outra de 30 metros, além de poços ideais para se refrescar nos dias quentes. Também há grampos para a prática de rapel nas corredeiras. A referência é um local onde no passado acontecia uma feirinha, ao lado da ponte do Córrego Açuzinho.
 
Frades e Campanha
Seguindo pela Estrada Teresópolis-Friburgo, a opção é o Vale dos Frades. Localizado na área do Parque Estadual dos Três Picos, tem opções de caminhada, passeio a cavalo e banho de cachoeira. O acesso fica no quilômetro 20 da RJ-130. Também nessa região do município fica a Cachoeira de Campanha, entrando à esquerda, sentido Friburgo, no quilômetro 21,5. Nesse caso, o rio é mais perigoso pelo fato de ser mais fundo do que nos Frades. Ainda naquela região, continuando pela RJ-130 e pouco depois da entrada dos Frades, fica a Cachoeira de Campanha. A entrada é na esquerda, ao lado de uma ponte.
 
Cuidado com as trombas d´água
Para quem vai para as cachoeiras na Serra, principalmente, deve-se ter atenção redobrada com as trombas d´água. O primeiro sinal é o aparecimento de galhos e folhas na água, que começa a ficar suja. Outra dica é ficar de olho no alto da serra. Em caso de tempo nublado deve-se sair imediatamente da água, pois mesmo com sol, está provavelmente chovendo no alto, e a água se acumula vindo a correr em seguida com uma força insuportável, arrastando pedras e qualquer pessoa que esteja no caminho. Em qualquer sinal de perigo, o indicado é entrar em contato imediato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
 
Outras dicas sobre riscos
É importante destacar alguns dos os cuidados que a pessoa deve ter ao frequentar esses locais: – Os ambientes naturais não têm salva-vidas, então reconhecer os pontos onde você pode se banhar de acordo com a sua habilidade na natação é fundamental; – Com o fundo formado por pedras e muitas vezes água escura, pode haver vários trechos com profundidade muito maior do que outros, evite sustos e desastres; – Muitas pedras são escorregadias; – Não mergulhe sem saber se há pedras no fundo dos poços, um choque de cabeça ou costas pode ser fatal; – Não deixe nenhum tipo de resíduo e leve apenas boas lembranças dos locais; – E, nesse período de pandemia do novo coronavírus, a dica é evitar locais com grande número de pessoas e aproveitar o dia somente com familiares.
 
 

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Edição 04/05/2024
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