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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Cedae diz que problemas de ar nas tubulações são pontuais

Alerj realiza CPI para investigar irregularidades nas medições de hidrômetros de concessionárias

Representantes da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio (Cedae) e da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio (Agenersa) informaram que os problemas relacionados ao ar nas tubulações de água, com cobrança pelos hidrômetros, são pontuais e de fácil resolução. As informações foram passadas durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) destinada a investigar irregularidades nas medições de hidrômetros das concessionárias de água, realizada nesta quinta-feira (06).
O engenheiro da Cedae, Luiz Cláudio Drumont, informou que os problemas relacionados ao ar na tubulação são resolvidos com a revisão das contas e a instalação de ventosas. “Não se pode esquecer que o mesmo hidrômetro que calcula a passagem de ar, aumentando as contas, também gira ao contrário quando o ar é absorvido, o que reduziria a medição. Apesar disto, normalmente não temos muitos problemas referentes a estes casos, além de serem facilmente resolvidos”, declarou o engenheiro.
Na mesma linha, o gerente da Câmara Técnica da Agenersa que regula a Cedae, Roosevelt Fonseca, afirmou que este tipo de problema não pode ser generalizado. “São problemas pontuais e devidamente solucionados. Geralmente as questões relacionadas ao ar nas tubulações são ocasionadas por problemas nas construções das redes, com instalações incorretas de ventosas”, complementou.

Substituição de hidrômetros
O presidente da CPI, deputado Jorge Felippe Neto (PSD), declarou que ficou satisfeito com as explicações. Para ele, está cada vez mais claro que os problemas nas medições de hidrômetros ocorrem por aparelhos desgastados. “Normalmente temos reclamações, principalmente de grandes estabelecimentos, quando há a troca de hidrômetros. Os aparelhos antigos muitas vezes acabam não marcando corretamente a utilização da água, o que gera um aumento significativo da conta quando são realizadas as trocas de hidrômetros. Precisamos analisar como estão sendo feitas essas substituições. Nosso objetivo é sermos corretos com os consumidores e, ao mesmo tempo, não diminuir a arrecadação das concessionárias”, declarou o parlamentar.
Segundo Luiz Cláudio Drumont, a Cedae realiza aproximadamente 15 mil substituições de hidrômetros por mês, em um total de 1,2 milhões de medidores administrados pela companhia. Os aparelhos têm vida útil de aproximadamente sete anos. O engenheiro explicou que há dois tipos de hidrômetros – analógico e ultrassônico. “Nossos aparelhos são os mesmos utilizados no mundo inteiro. Gradativamente estamos implementando os hidrômetros ultrassônicos, que são digitais e mais modernos. Esses aparelhos se desgastam menos por não terem partes móveis, não medem a passagem de ar e são mais precisos”, explicou Luiz Cláudio.

Novas tecnologias
Também estiveram presentes na CPI representantes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). De acordo com o pesquisador do instituto, Rodrigo Ornelas, ainda não há recomendação, consenso e regulamentação sobre o uso de eliminadores e bloqueadores de ar. “Nós testamos os hidrômetros no laboratório normalmente cheios d´água, mas não há um consenso dos pesquisadores sobre novas tecnologias. Então preferimos ainda não recomendar a utilização das mesmas”, declarou o pesquisador.
Os integrantes da CPI aprovaram uma visita técnica ao laboratório de medidores da Cedae. A vistoria acontecerá na próxima quinta-feira, ainda sem horário confirmado. Também estão previstas outras duas reuniões, uma com representantes das outras concessionárias de água do Estado do Rio, e outra com as empresas que realizam a troca de hidrômetros.

 

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Edição 04/05/2024
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