Sol, praia, piscina e calor: essa parece a combinação perfeita! O verão traz várias coisas boas, mas também atenta para uma série de cuidados. Além da hidratação e da pele, também é importante cuidar da saúde íntima, principalmente no caso das mulheres que são muito mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças. Segundo Vanessa Teófilo, ginecologista do Hospital São José, os problemas mais comuns são as infecções fúngicas como a candidíase, que provoca vermelhidão intensa, coceira e corrimento. “Ficar com o biquíni molhado pode aumentar a incidência de infecções vaginais fúngicas (candidíase) e infecção da vulva (tinea cruris). Isso porque os fungos se proliferam em ambientes quentes e úmidos”, comenta a médica. Outra condição que está mais propensa a aparecer na estação é a infecção urinária, como conta a especialista: “O uso de biquínis molhados por um longo período de tempo facilita o contato de secreções do ânus com a uretra, também aumentando o risco de infecção urinária”.
Outros fatores que facilitam infecções são a areia da praia e o uso de roupas apertadas. A areia da praia pode estar contaminada por vírus, bactérias ou fungos, sendo mais comuns as infecções fúngicas, principalmente na vulva. Já o uso de roupas apertadas, como calças jeans, pode abafar a região, favorecendo o desenvolvimento de bactérias e fungos. No verão, alguns cuidados de higiene são ainda mais importantes e a médica do Hospital São José orienta as mulheres com algumas dicas: “As infecções podem ser evitadas trocando mais vezes o biquíni (não ficar por muito tempo com ele molhado), fazer a higienização antes e depois de ir à praia ou piscina com sabonete de pH neutro, usar calcinhas de algodão e roupas que não apertem muito, como vestidos e saias”.
Vanessa também ressalta que as calcinhas de algodão não devem ser preferíveis apenas no verão, mas durante o ano todo, já que o tecido ajuda a não reter a umidade e, dessa forma, previne infecções. Além disso, ela diz também que não é necessário que as mulheres façam mais visitas ao ginecologista neste período. “A periodicidade das consultas permanece a mesma: pelo menos uma vez ao ano. No entanto, se a mulher apresentar sinais e sintomas de que algo está errado (como corrimento com coceira, mal cheiro ou abundante), ela deverá marcar uma consulta para ser avaliada por um profissional”, finaliza Vanessa.
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