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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Gripe H3N2: Quatro óbitos e 29 casos confirmados em Teresópolis

Secretaria de Saúde atenta para importância do diagnóstico e tratamento medicamentoso da doença

No final do ano passado a epidemia de gripe que se alastrou por alguns estados do país provocou a corrida da população para tomar a vacina contra o vírus Influenza. Diante da grande procura, secretarias estaduais buscaram ampliar imunização de pessoas que não havia participado da campanha de vacinação, que foi iniciada no começo de 2021. Porém, nem todos conseguiram – pela falta do imunizante ou porque desacreditaram a doença. Soma-se a essa preocupação com a nova cepa da gripe, a H3N2, que em Teresópolis já tem 29 novos casos confirmados e quatro óbitos registrados. Nesta segunda-feira, 03, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV esteve na Secretaria de Saúde para falar sobre o assunto com o responsável pela pasta. “Temos 29 casos diagnosticados de H3N2, que é essa nova cepa do vírus da gripe. Além, é claro, de vários outros em análise. Desses, registramos quatro óbitos onde os pacientes eram portadores do vírus da gripe, todos idosos, com comorbidades, e, principalmente, não vacinados para a gripe. Os casos ainda sendo analisados pelo Lacen, mas já comprovados que tinham o vírus da gripe no organismo”, pontuou Antônio Henrique Vasconcellos.
A campanha de imunização contra a gripe foi lançada em março pelo Ministério da Saúde e deveria durar até julho. Inicialmente, seriam vacinados somente as pessoas de grupo prioritário, mas diante da baixa procura da população, a campanha foi estendida para todas as faixas etárias. Nos últimos meses, do ano, com o anúncio do surto em vários estados, entre eles o Rio de Janeiro, houve procura além do previsto. O Secretário de Saúde falou também sobre o novo calendário de atendimento e o aumento do número de casos envolvendo crianças em Teresópolis.
“O Ministério da Saúde está preparando um novo lote para 2022. Todo o Brasil está sem. O último resto no Rio acabou recentemente e estamos esperando agora uma nova remessa para vacinar em Teresópolis. Enquanto isso vamos trabalhando, tentando diagnosticar o maior número de casos possíveis de gripe para oferecer tratamento, visto que,  diferente da Covid, tem tratamento medicamentoso para a gripe. Vamos acompanhando os casos, principalmente entre crianças. Temos visto muita gente falando de superlotação na beneficência, mas é porque tem aparecido muitos casos. As crianças são assintomáticas e os pais vão procurar emergência para a pediatria. Outro público muito atingido são os idosos não vacinados. Por isso estamos trabalhando para diagnosticar precocemente e oferecer tratamento”, pontuou.

Veja a diferença dos sintomas de Covid-19 e gripe
Embora com queda acentuada das curvas de mortes e infecções – crescem no Brasil os casos de gripe. As duas doenças podem confundir, dada a semelhança dos sintomas. O conhecimento e a reação aos sintomas são necessários diante dos riscos de transmissão da Covid-19. Conforme orientações do Ministério da Saúde, uma pessoa infectada deve, além de procurar atendimento, ficar isolada de outros indivíduos e fazer quarentena durante 14 dias. O prazo pode ser menor, dependendo das orientações das prefeituras. Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, não é possível definir se uma pessoa está com Covid-19 ou com gripe apenas com a análise do profissional, chamado no jargão técnico de diagnóstico clínico. Para a avaliação do quadro de saúde do paciente é preciso realizar testes. No caso da Covid-19, há diferentes modalidades, como os testes de antígeno ou laboratoriais PCR. No caso da gripe, também há distintos tipos de exames. Por isso, a infectologista destaca a importância de que, diante de sintomas, as pessoas procurem assistência médica para que o profissional possa indicar os procedimentos adequados à realização do diagnóstico.
Embora os sintomas sejam bastante parecidos, há especificidades entre as duas doenças. Na gripe, sintomas como febre, tosse seca, cansaço, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça são comuns. Coriza ou nariz entupido e dor de garganta podem aparecer, mas são menos frequentes. A gripe pode evoluir para casos graves e até mesmo para a morte. Segundo material explicativo do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz), a hospitalização e a possibilidade de óbito estão, em geral, vinculadas aos grupos de alto risco. A influenza pode também abrir espaço para infecções secundárias, como aquelas causadas por bactérias.
Na Covid-19, febre e tosse seca são sintomas comuns. Já cansaço, dores no corpo, mal-estar e dor de garganta podem surgir às vezes. A doença tem outros sintomas que, em geral, não são sentidos por quem tem gripe, como perda do olfato e paladar. A Covid-19 também pode avançar para quadros mais graves, como evidencia a marca de mais de 600 mil pessoas. Pessoas nessas situações mais graves ou críticas podem ter forte falta de ar, pneumonia grave e outros problemas respiratórios que demandem suporte ventilatório ou internação em unidades de terapia intensiva. “A Covid-19, principalmente agora, dá muita queixa de perda de olfato e paladar. A influenza costuma deixar mais prostrado, acamado, dor no corpo, sensação de congestão. Quando a gente compara as duas, a influenza dá muito mais sintomas. Pra gente fechar o diagnóstico, somente com exame laboratorial”, diz Ana Helena Germoglio.

 

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Edição 18/05/2024
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