Wanderley Peres
O serviço de transporte urbano em Teresópolis voltou à pauta de discussões mais uma vez na segunda audiência pública realizada pela Comissão de Transportes da Câmara Municipal, com a participação de interessados e dos vereadores Dedê da Barra (MDB), Leonardo Vasconcellos (MDB), Tenente Jaime Medeiros (PTB), Dudu do Resgate (PSDC), Rock (PSDB), Pedro Gil (PP), Luciano Santos (Republicanos), Ronny Carreiro (PHS) e Maurício Lopes (PHS) e os secretários municipais Marco Antônio da Luz, de Segurança Pública; Fabiano Claussen, Fazenda e Lucas Guimarães, de Administração. Ausentes o prefeito e os representantes das empresas de ônibus viação Teresópolis e Dedo de Deus.
Com a tribuna aberta para a participação popular, foram levantadas questões como a qualidade do transporte, o estado de conservação da frota, a utilização dos motoristas em dupla função e a possibilidade de realização de semelhante audiência no interior. Presente no plenário, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Maria Motta, questionou a situação dos rodoviários e quis saber se haverá diminuição de carros circulando, o que acarretaria desemprego para motoristas. Ele questionou ainda se o reajuste da tarifa pode representar repasse para os trabalhadores. Motta garante que não quer aumento na tarifa, mas que pretende defender os direitos de sua categoria, inclusive com possibilidade de greve.
O secretário Lucas Guimarães fez uma explanação sobre a integração do transporte público. Segundo ele, existe uma ação civil pública para que o Poder Público contrate uma nova empresa de ônibus para prestar o serviço de transporte público em Teresópolis e que a Prefeitura já teria aberto licitação para contratar empresa visando a instalação de um novo processo de mobilidade. Disse, também, que há um estudo em andamento sobre contratação de instituição para auxiliar o município a fazer o Plano de Mobilidade Urbana e, a partir daí virá o edital de licitação para uma nova concessão do serviço de transporte coletivo.
Sobre os pontos de integração, o representante do governo disse que as intervenções já começaram em locais como a rodoviária e que a implantação de novos semáforos também será iniciada nos próximos dias, e que haverá pontos de integração nas localidades de Pessegueiros, Imbiú, Vargem Grande, Fonte Santa e Prata, Barra, Rodoviária, Meudon e Alto, informando, ainda, que o reajuste das passagens, que passará a custar R$ 4,40, só acontecerá quando o município estiver 100% integrado nas linhas de ônibus.
Nas considerações dos vereadores presentes, Rock questionou se os ônibus de hoje vão atender a integração, respondendo o governo que as medidas vão diminuir o tempo de espera e aumentar a disponibilidade de ônibus. Frisando que os vereadores se posicionaram contra o aumento do preço da passagem, mas favoráveis à integração, que é uma lei criada pela Câmara Municipal, o presidente Leonardo Vasconcellos questionou se as obras de infraestrutura que estão sendo feitas e que serão realizadas, têm a participação da Prefeitura, sendo informado que a preparação dos pontos de ônibus será feita pelo município. Outras questões levantadas pelo vereador Leonardo foram com relação ao tempo para que tudo seja implantado e a acessibilidade dos pontos de ônibus. Segundo Lucas, todos os pontos de ônibus estarão prontos em janeiro e que a lei da acessibilidade será observada.
Autor da Lei que prevê a passagem de integração, o vereador Maurício Lopes parabenizou o poder público pela coragem de implantar o novo processo. Já Luciano Santos levantou a questão da altura dos degraus para embarque. Os vereadores Jaime Medeiros, Dudu do Resgate e Pedro Gil também fizeram breves comentários sobre as mudanças.