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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Secretária de Educação fala sobre cobrança dos uniformes escolares

"Até os professores devem respeitar as regras sobre as vestimentas para ingressar nos estabelecimentos de ensino", destaca Satiele Santos

Luiz Bandeira

Com o enfraquecimento da pandemia, finalmente as aulas voltaram em toda a rede pública e particular de ensino. Esse era um momento muito aguardado por pais e responsáveis, depois de mais de um ano e meio de ensino a distância e híbrido. Nessa hora há também certa ansiedade dos alunos pelo retorno às salas de aula, pelos reencontros e ainda de muito trabalho e ajustes dos servidores da educação, para receber nas unidades escolares nossos jovens num esforço conjunto de recuperação das metas educacionais. Porém, algumas questões ainda requerem ajustes e procedimentos precisam ser reforçados para o bem da coletividade. Nesta segunda-feira, 22, a equipe do jornal O Diário e Diário TV esteve na Secretaria Municipal de Educação para conversar com a secretária Satiele Santos sobre um dos temas relacionados a esse momento em discussão nos últimos dias, a cobrança da utilização dos uniformes. Isso porquê, na última semana, foi debatida nas redes sociais uma hipotética situação de aluna que teria sido barrada por estar com uma calça rasgada – o que, na verdade, não ocorreu da maneira que foi anunciado.
Segundo ela, antes da retomada das aulas presenciais a Secretaria Municipal de Educação distribuiu para todos os alunos da rede um enxoval completo de uniforme com mais de sete peças. “Vocês têm a oportunidade de ver pelas ruas da cidade nossos alunos todos uniformizados, um uniforme de qualidade que foi entregue a cada aluno”, exalta Satiele Santos, que acrescenta. “Nosso uniforme é composto por calça, bermuda, camisa de manga curta, camisa de manga comprida e casaco. Por isso a gente sempre instrui todos os nossos alunos a usarem o nosso uniforme”.
Questionamos a secretária se há alguma determinação para o uso exclusivo das vestimentas fornecidas pelo município aos alunos para acessar as dependências das unidades de ensino municipais. “Na verdade, no ato da matrícula na unidade escolar os pais têm acesso ao que a gente chama de regimento escolar, regimento interno, cada unidade escolar tem o seu regimento baseado no regimento do município, por quê? Cada escola tem a sua particularidade, então faz as adequações necessárias. Nesse regimento, por exemplo, tá dizendo da questão do uniforme, do uso do uniforme, então no ato da matrícula o pai tem acesso a esse regimento e está ciente de mandar o seu filho pra escola com o uniforme escolar”, pontuou.
O fornecimento gratuito de uniformes aos alunos da rede pública desonera pais e responsáveis, que já despendem altos valores para manter o sustento de seus filhos. Governos municipais e estaduais anteriores já haviam tomado essa louvável medida, e causa certa estranheza desprezar um benefício tão importante. Mas alguns poucos responsáveis não entendem a importância do uniforme escolar, inclusive para a segurança das crianças, como explica a secretária de Educação. “A gente entregou um uniforme de qualidade, um uniforme bonito, com as cores do município, que reforça o pertencimento e também um detalhe muitíssimo importante, trás segurança também. Todos os nossos alunos são identificados rodando pelas ruas da cidade. Então a gente vê o aluno com aquele uniforme, identifica sendo da rede municipal, qualquer coisa que aconteça com esse aluno é mais fácil pra gente identifica-lo e poder ajudar em qualquer situação fora da escola. A gente sabe também que no segundo segmento que a gente chama os adolescentes, eles têm um pouco de resistência ainda, pelo uso do uniforme, mas é importante que os pais reforcem em casa o quanto é importante o uso deste uniforme escolar”. 

Utilização das calças jeans
Uma das peças de roupas mais versáteis é a calça jeans, inclusive muitas escolas exigem somente a camiseta da escola associada a um jeans básico. Questionamos então a Satiele Santos se na rede municipal é permitido o uso dessa vestimenta. “É permitido jeans, contudo, cada unidade escolar conversa com os responsáveis para entender que jeans é esse, as meninas principalmente, tomar cuidado com o jeans rasgado, tomar cuidado com esse tipo de situação. Tendo o uniforme, vamos usar o uniforme, padronizar e ter segurança e pertencimento também. A calça jeans ela é permitida? Sim, é permitida, mas a gente sempre pede para priorizar o uso do uniforme escolar”. 

Servidores também respeitam
Existe um regimento que deve ser seguido por todos os servidores públicos em todas as repartições. Dentre os muitos artigos que compõe o regimento, um trata do tipo de roupa permitido e quais devem ser evitadas, como explica a secretária de Educação. “No regimento há um artigo que não permite o uso de calça jeans rasgada dentro de repartições públicas, então a gente tem sim (normas de vestimenta para servidores da educação) e também tem a questão, que é bem importante, do bom senso da vestimenta na hora de trabalhar, quando a gente vai para o nosso lazer a gente opta por uma roupa e quando está trabalhando, por outra roupa e é assim em todo tipo de trabalho tanto na rede pública quanto na rede privada”, explicou. 

A polêmica do jeans rasgado
Satiele comentou a questão da aluna da Escola Municipal Manoel Medeiros Sobrinho, mais conhecida como Abacatinho, no Vale do Paraíso, que, segundo foi divulgado em redes sociais, teria sido impedida pela direção de adentrar as dependências da unidade escolar por estar trajando uma calça jeans rasgada – situação que foi desmentida pela pasta na semana passada, em nota divulgada pela Assessoria de Comunicação. “A menina chegou, a equipe diretiva, a auxiliar de direção, seguindo o que a escola faz sempre, pediu pra menina, não só para essa menina, mas o mesmo se aplica a outras crianças, pediu para ir escolher uma peça para colocar, a menina optou por um short, por que o enxoval é composto por um short também, a menina foi ao banheiro se trocar e ligou para mãe porque não queria botar aquele short e aí a mãe ligou para a escola e falou que a menina tinha médico, se ela poderia ser liberada do espaço escolar para não perder a consulta. A equipe diretiva liberou a menina, ela foi pra casa, chegou lá ela externou a situação que aconteceu e um parente da menina, parece que um tio dela, fez a postagem, remeteu a um canal de comunicação da cidade, que fez a postagem que foi exposta durante a semana inteira pelas mídias sociais, pelas redes sociais inclusive com algum tom de ameaça à equipe diretiva da escola. A menina não foi impedida de entrar na escola, infelizmente os meios de comunicação desta vez, foram usados de uma maneira inadequada, inclusive a mãe da menina se reportou a direção da escola depois, pedindo desculpas pelo acontecido. A menina não foi proibida de entrar de maneira nenhuma, nem ela nem nenhum outro aluno, foi sim um mal entendido entre as partes. Inclusive a responsável pela menina está indo na escola amanhã, 23, para terminar de desfazer o mal entendido e conversar com a direção da escola”, explica a secretária.
Ainda sobre o assunto, a Satiele frisa o seguinte: “Antes de tudo, queria deixar registrado aqui, já que a gente tem um bom acesso, importante deixar frisado a todos os responsáveis pra ir até a escola sempre que tiver alguma situação que precisa ser resolvida, conversada, debatida. O responsável, o pai, a mãe, a tia, enfim a pessoa que é responsável pelo aluno tem que estar presente na escola. Não é só porque ele já é adolescente, está um pouco maior, que o pai tem que se ausentar do espaço escolar, muito pelo contrario, temos que acompanhar de perto os nossos filhos, os nossos alunos, os nossos sobrinhos. Enfim, deixar registrado aqui esse pedido, as escolas estão sempre de portas abertas. Procure a direção para esclarecimento, pra acompanhar de fato a vida escolar dos alunos”.

 

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Edição 18/05/2024
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