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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis tem nove cemitérios, mas número de sepulturas ainda é pequeno

Além do Caingá, campos santos na zona rural do município evidenciam necessidade de novas áreas

Nesta terça-feira, 02 de novembro, é celebrado o Dia de Finados. A data, que é considerada feriado de acordo com a Lei nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002, tem com o objetivo lembrar aqueles que se foram, tendo como base tradições da Igreja Católica Apostólica Romana e cristãos de outras tradições.  Naturalmente, esse já é um momento de tristeza e muitas lembranças, mas, nos últimos meses, ganhou ainda mais motivos para tamanho luto e saudades devido ao grande número de mortes em consequência da pandemia da Covid-19. Somente em Teresópolis, já são quase 900 histórias interrompidas pelo novo coronavírus. Além de tantas famílias abaladas pela perda de familiares e amigos, essa situação vem gerando ainda outro alerta para a gestão municipal: A necessidade de ampliação dos cemitérios ou se buscar outros meios para depositar os restos mortais dos moradores locais. Antes mesmo da pandemia, frequentemente já se registrava momentos de dificuldade para encontrar gavetas ou sepulturas disponíveis – sendo as últimas ainda mais difíceis por se tratar, em sua grande maioria, de “bens” pertencentes a famílias e que só podem ser vendidas, através de leilão, após um longo período de abandono e consequentemente processo legal até a oficialização da liberação para que interessados possam se candidatar a adquirir alguma delas.
Criado em 1892, o principal cemitério de Teresópolis é o Carlinda Berlim, mais conhecido como Caingá – que foi seu nome oficial desde 2005. Localizado entre os bairros do Vale do Paraíso, Prata e Fonte Santa, tem 3.465 sepulturas. Em relação aos outros locais para sepultamento, o número tem variado devido a necessidade de novas construções nos últimos anos. No último levantamento, eram aproximadamente 2.300 covas rasas, duas mil gavetas e dois mil nichos (locais para o depósito de restos mortais depois de quatro anos nas gavetas mortuárias). Nas últimas quadras (37, 38 e 39) ficam localizadas as covas rasas. Quem visita o local pode achar que estão enterradas ali somente pessoas sem condições financeiras ou indigentes, mas também estão nas covas rasas pessoas que até de famílias ricas, mas que optaram pela simplicidade.

Cemitério de Canoas
Além do Caingá, existem outros oito campos-santos em Teresópolis. Na estrada Isaías Vidal, próximo ao número 4200, fica localizado o cemitério de Canoas, em frente a escola municipal Paulino Custódio e atrás da Capela do Menino Jesus, igreja que, aliás, também é bem antiga. A primeira foi levantada em 1884. De 1941 a 2000 foi reconstruída e passou por diversas reformas até chegar ao prédio atual, ampliado em 2003. Em Canoas são apenas 14 sepulturas, a maioria bem antiga, e 67 covas rasas. O local é cercado e tem portão. O principal problema é um rio que passa próximo, que faz com a água infiltre e comprometa a estrutura dos túmulos e os sepultamentos em covas rasas. Bem cuidado, o lugar tem pouca visitação. 

Campo santo em Venda Nova
Construído em um terreno doado pela família Queiroz, do Terceiro Distrito, o cemitério de Venda Nova está localizado no quilômetro 15 da Teresópolis-Friburgo, atrás da igreja de Nossa Senhora da Conceição. As primeiras sepulturas datam de 1877. São 256 túmulos e 109 covas rasas, estas identificadas com pequenas placas com o nome de quem está enterrado ali, diferente do Carlinda Berlim. A área é fechada. Os velórios são realizados na Capela de São José, em um sítio na entrada do Imbuí.

Vale Alpino, Vieira e Bonsucesso
Um dos menores do município é o de Vale Alpino (antigo Córrego Sujo), com 25 sepulturas e 61 covas rasas. Fica ao lado do novo templo da igreja de Nossa Senhora da Conceição. O antigo, um pouco mais afastado, data de 1912. Também no Terceiro Distrito, há campos-santos em Vieira, no quilômetro 36 da Teresópolis junto a igreja de Santa Luzia, e Bonsucesso, no 28, atrás da igreja de Estrelinha. No primeiro são 350 sepulturas e 63 covas rasas. No segundo, 450 túmulos e 32 covas rasas. 

Santa Rita, Serra do Capim e Rio Preto
No Segundo Distrito, o cemitério de Santa Rita fica em frente a igreja de Santa Rita de Cássia, no morro do outro lado da estrada. Depois de atravessar uma pequena ponte de madeira, a rua segue pela direita, próximo ao sítio San Fernando. Com o tamanho menor do que a metade de um campo de futebol, também é cercado e tem 50 sepulturas e 250 covas rasas. No cruzeiro, há várias imagens de santos. Naquela região do município, funcionam ainda os cemitérios de Serra do Capim, com 21 sepulturas e 135 covas rasas, e Rio Preto, em Volta do Pião, com 34 Sepulturas, 88 covas rasas. Todos os campos-santos são administrados pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos. 

Mais sobre a data
O dia dos fiéis defuntos, dia dos mortos ou dia de finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. A tradição da Igreja sempre exortou a seus fiéis para que possam, neste dia especialmente, estar venerando a memória de seus entes queridos já falecidos. Neste sentido, para a doutrina católica é fundamental a idéia de comunhão que deve haver entre os membros do Corpo Místico de Cristo, isto é, todos os fiéis cristãos acreditam que estão em comunhão com o Cristo ressuscitado e que a vivência desta comunhão expressa a todas as pessoas, a presença viva de Jesus Cristo.
Esta comunhão envolve e abraça a todos os cristãos, vivos e defuntos. Isto porque, Cristo ressuscitado desvenda ao ser humano o seu destino final. A morte não tem a última palavra. Para os cristãos católicos romanos, a fé é uma resposta à ansiedade diante do mistério da morte. Neste dia muitos fiéis costumam visitar os cemitérios para rezar e venerar a memória daqueles que já partiram. O sentimento de saudade é inevitável. Contudo, os cristãos procuram testemunhar uma esperança confiante, apesar do sofrimento gerado pela separação de seus entes queridos. Finalmente, eis a grande esperança celebrada no dia de finados: Que os falecidos já tenham encontrado a vida verdadeira junto de Deus. Enquanto não chega a hora do reencontro, somos capazes de estar em comunhão com os falecidos estando em comunhão com Cristo.

 

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Edição 15/06/2024
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