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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Atraso no repasse de dados de vacinados em Teresópolis

Sistema desatualizado pode prejudicar quem precisa da comprovação das duas doses da vacinação

Luiz Bandeira

Com o avanço na vacinação e a expectativa de flexibilização das medidas sanitárias, comprovar a vacinação é uma medida cada vez mais comum e necessária para a segurança de todos. Idealizado para servir como carteira digital de imunização, a ferramenta ConecteSUS, do Sistema Único de Saúde (SUS), segue apresentando falhas. O maior problema é para a emissão do certificado que atesta aplicação das duas doses de imunizantes contra o novo Coronavírus, exigido para acesso a órgãos da justiça no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, e também nas fronteiras da maioria das nações. Os problemas com o ConecteSUS vão além do registro de vacinas, já que o sistema foi idealizado para reunir o histórico de pacientes da rede pública com dados de exames, testes de Covid-19, medicamentos ministrados e fornecidos pelo SUS, além de indicar a rede de atendimento local. Fomos à procura de depoimentos de usuários do sistema e alguns nos informaram que os dados estão incompletos, em outro caso não consta registro da aplicação da segunda dose do imunizante, não há menção sobre testes realizados em postos de saúde municipal e a rede de atendimento não menciona as unidades referência na cidade para atendimento dos casos Covid-19. 
Um dos integrantes da equipe do jornal O Dário e Diário TV, o repórter cinematográfico e editor Gilberto Oliveira teve dificuldade para acessar um prédio da justiça, já que não constava o registro de aplicação da segunda dose de vacina contra a Covid-19 em seu perfil no aplicativo do Sistema Único de Saúde. “Eu tive que comparecer à Defensoria Pública e ao chegar o guarda me perguntou se eu estava com o comprovante de vacinação e como eu tenho o ConecteSUS eu abri o aplicativo onde só constava a primeira dose, sendo que eu tinha tomado a segunda dose no dia 08 de outubro e estive na Defensoria na semana passada, então tinha muito mais de 15 dias e infelizmente ele (segurança da Defensoria Pública) disse: ‘Sem o comprovante da segunda dose a gente não vai poder te atender’. Aí eu perguntei se poderia comprovar através de foto, consegui a foto, mostrei pra ele e entrei”, descreve Gilberto. Nosso companheiro informou ainda que teve que ir a Secretaria de Saúdes e duas horas depois estava cadastrada a aplicação da segunda dose no aplicativo. 

Posicionamento do governo
O Ministério da Saúde já havia respondido aos questionamentos da imprensa nacional sobre a falta de atualização do sistema, atribuindo a falha a um represamento dos dados coletados pelas secretarias municipais e estaduais de saúde provocados, sobretudo, pela falta de digitalização de sistemas de informação destes entes da federação.  Procuramos a Secretaria Municipal de Saúde para tratar sobre o assunto e a Assessoria de Comunicação da PMT emitiu a seguinte nota: “A Prefeitura Municipal de Teresópolis informa que o atraso na atualização dos dados do ConectaSus ocorre pelo volume de vacinas que a Secretaria Municipal de Saúde aplica e a impossibilidade técnica de fazer a digitação em tempo real. Porém, caso haja alguma demanda que o usuário necessite, além de ter o comprovante de vacinação, pode procurar o setor de Imunização para auxílio. Para solicitar ajuda, o cidadão também pode enviar um e-mail para conectesus@teresopolis.rj.gov.br, anexando as imagens do comprovante de vacinação, de um documento de identificação com foto e CPF”.

Passaporte de vacinação
Em muitas cidades, se tornou obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação para entrar em espaços com cinemas, academias, locais de visitação turística e estádios de futebol. A justiça no Estado do Rio de Janeiro condicionou o acesso às dependências dos prédios de todos os órgãos a apresentação do comprovante de aplicação das duas doses da vacina contra o Coronavírus. Sem contar que para viajar para alguns países que já abriram as fronteiras aos brasileiros, é necessário comprovar a imunização completa. Há inclusive um embate entre o governo federal e o STF pela exigência de funcionários públicos comprovarem a vacinação sob pena de sofrerem processo administrativo e ou até exoneração.

 

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Edição 09/05/2024
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