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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Castração gratuita busca controlar o crescimento da população de animais nas ruas

Programa do município e do governo estadual prevê atender três mil cães e gatos até o fim do ano

Luiz Bandeira

Desde 2019 a COPBEA – Coordenadoria de Proteção e Bem Estar Animal, órgão ligado a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, realiza o censo animal do município para dimensionar e direcionar as políticas públicas voltadas à causa animal. A crescente população de animais errantes e abandonados é uma questão que trás consequências sanitárias, um problema que precisa ser equalizado através do controle de natalidade de cães e gatos. Para sanar o problema somente um trabalho intensivo do poder público somado a iniciativa da população vai conseguir controlar a procriação destes animais. Durante a pandemia o trabalho de contagem da população animal da cidade passou a ser feito pela internet e até agora 1.700 cadastros no censo animal foram feitos em Teresópolis, como aponta o Coordenador Jackson Muci. “Era um censo de porta em porta, nós tivemos que parar, então, nós criamos um cadastro online, tá no site da prefeitura, na primeira página você consegue acessar esse censo”, atenta. Jackson admite haver um aumento no número de animais nas ruas da cidade. “É um número muito grande e a COPBEA não atua só na questão de fiscalização de maus tratos, mas também temos a responsabilidades de políticas públicas efetivas para estes casos, por causa desse grande número de animais errantes, comunitários e animais abandonados. É uma coisa que cresceu muito durante a pandemia, todo o estado e em todo país a gente ouviu se falar muito no aumento do índice de abandono”, denuncia Jackson.
Mais importante que a contagem da população animal na cidade é a iniciativa de realizar campanhas de castração em programas do município e do governo estadual para buscar reduzir a população animal. Desde dezembro o município oferece, através de uma parceria com clínicas veterinárias locais, castrações e cuidados pós-operatórios, que já chegaram a atender 300 animais até agora. “Em nosso projeto de castração a ideia e tentar fechar a torneira, se não procria não aumenta a população de cães e gatos no município”, declara Jackson Muci.

Parceria estadual
Agora o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, promove o programa RJPET, que tem como objetivo castrar 100 mil cães e gatos resgatados por protetores independentes, ONGs e pessoas físicas até o fim de 2022 em todo o estado do Rio de Janeiro. Teresópolis aderiu a esse programa, tendo como meta castrar até o fim do ano dois mil animais, só no programa estadual. Somando às ambições da COPBEA de até o fim de 2022, castrar mais mil animais, o número pode chegar até o fim do ano com três mil animais atendidos. “Eu acho até pouco. Nós temos pessoas na fila de espera, mais de 1700 pessoas no cadastro no nosso censo animal, ali foi o pontapé do cadastro para estas castrações, onde muitas vezes a pessoa tem dois animais ou mesmo três, quatro. Nossa prioridade hoje, com recursos do município, é garantir a prioridade para quem tem o perfil de bolsa família, de baixa renda, animais que estão na rua ou resgatados”, aponta Muci.
Alguns fatores dificultam esse importante trabalho de controle da população animal, como por exemplo, a questão do lar temporário para animais abandonados ou errantes, pois eles precisam ficar um período pós-operatório, sendo assistido com ministração de medicamentos. Outra dificuldade é de transporte, aí o coordenador da COPBEA disse disponibilizar o veículo do órgão para buscar e levar o animal operado. E o pior, que atrapalha em muito o andamento do programa de castração é a falta do tutor inscrito ao horário marcado para o procedimento, que mobiliza equipe e clínica veterinária. Quando a pessoas falta a consulta outro animal deixa de ser atendido.

Adesão ao programa RJPET
Pessoas físicas podem fazer o cadastro no site https://rjpet.com.br. Já protetores independentes poderão se cadastrar pelo email rjpet@agricultura.rj.gov.br, da Subsecretaria de Proteção e Bem Estar Animal (RJPET). Os documentos necessários são: documento de identidade com foto, CPF, comprovante atual de residência no estado do Rio de Janeiro, declaração de um médico veterinário reconhecendo o trabalho de protetor realizado e documentos que comprovem a prática, dados completos do local de acolhimento dos animais, telefone e e-mail para contato. “Pedimos aos protetores da causa animal que conheçam colônias de felinos que façam contato com a COPBEA para providenciarmos as castrações, já que as gatas podem entrar no cio várias vezes por ano, com risco de ter diversas ninhadas”, orientou Jackson Muci.
Contatos com a COPBEA podem ser feitas por meio da Ouvidoria Geral do Município pelos telefones 162 e (21) 2742-5074, pelo whatsapp (21) 98126-4038, pelo e-mail ouvidoria@teresopolis.rj.gov.br e também pelo aplicativo e-Ouve. Todos serão encaminhados à Coordenadoria de Proteção e Bem-estar Animal.

AsComPMT

Foto: O número de animais atendidos nos programas públicos de castração na cidade pode chegar até o fim do ano a três mil

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Edição 18/05/2024
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